A BorgWarner começa a se despedir de 2023 com a sensação de dever mais que cumprido. A empresa fez bonito neste ano e registrou recorde na sua produção de turbocompressores em 2023, com um aumento de 18% em relação a 2022. Isso que no ano passado, o grupo já havia registrado recorde na fabricação destes componentes. Tal número se deve principalmente porque hoje 50% dos carros com motor turbo flex vendidos no Brasil são equipados com a tecnologia produzida na unidade brasileira da companhia.

Outro fator importante foram as vendas para pesados. E aí entra o ball bearing. Da série B70H, esse turbocompressor conta com um sistema de rolamentos nos mancais que permite um aumento de eficiência da turbina, reduzindo ainda mais o consumo de combustível, melhora as respostas do motor e o tempo do torque, que reflete em mais agilidade e, consequentemente, numa melhor dirigibilidade. Seus principais clientes no Brasil são a Volvo e a Scania.

“Esse excelente resultado foi alcançado no mesmo ano em que a fábrica completou 10 anos de operação na moderna instalação em Itatiba (SP). Isso comprova a expertise tecnológica da BorgWarner e destaca a importância estratégica da companhia na indústria automotiva nacional”, afirma Wilson Lentini, Diretor Geral da BorgWarner Emissions, Thermal and Turbo Systems no Brasil.

A multinacional também obteve bons resultados no Aftermarket. A linha Thermal, focada em ventiladores e embreagens viscosas, cresceu 48% na comparação entre 2022 e 2023. Já a linha de turbos apresentou alta de 12%. “A elevação se deve à forte escolha pela marca por parte de nossa rede de distribuição e consumidores e ampliação dos negócios nos segmentos agrícola e de mineração”, informa Guilherme Soares, Gerente de Aftermarket para Emissions, Thermal and Turbos América Latina.

Baterias

Este ano foi importante no quesito eletrificação. Em fevereiro, a companhia finalizou com sucesso a instalação e o início da operação da fábrica de sistemas de baterias em Piracicaba (SP). Em 2024, o grupo começará o ano como uma grande novidade: a produção do BMS (Battery Management Systems – Sistema de Gerenciamento da Bateria), em Piracicaba, para atender o mercado norte-americano.

“Já tínhamos como meta ampliar a nacionalização da montagem de baterias no Brasil, multiplicar por cerca de 20 vezes o faturamento da fábrica e quadruplicar o número de funcionários durantes os próximos anos,” explica Marcelo Rezende, Diretor para Sistemas de Baterias da BorgWarner no Brasil. “Com essa demanda adicional, a planta de Piracicaba encerrará 2024 com duas linhas de produção do BMS e ampliará em cerca de três vezes o volume de produção atual do componente.” A unidade brasileira pode se tornar um polo de montagem dos sistemas de gerenciamento de bateria. “Pretendemos desenvolver aqui um centro de competência para a produção do BMS nas Américas, devido ao alto padrão de qualidade das linhas instaladas no país e a capacitação técnica da equipe local”, afirma