Com a tarefa de abrir caminhos para a infraestrutura de transportes do Brasil avançar, o Ministério dos Transportes recuperou, pavimentou e duplicou cerca de 4,6 mil quilômetros de rodovias federais em 2023. É o equivalente a percorrer em linha reta a distância que separa Monte Camburaí (RR) e Arroio Chuí (RS), os dois pontos extremos norte-sul do Brasil. Um esforço que somará, até o fim de 2023, investimentos na ordem dos R$ 14,5 bilhões.
O número é mais que o dobro do registrado em 2022 pela gestão passada, quando os investimentos públicos em rodovias e ferrovias chegaram ao menor valor em décadas. Como consequência da Emenda Constitucional 126/2022, conhecida como “PEC da Transição”, e do Novo PAC, mais de 1,1 mil contratos em rodovias foram retomados, melhorando a qualidade das estradas e, ao mesmo tempo, levando desenvolvimento, renda e emprego às cinco regiões do país.
São oportunidades de trabalho como a conquistada pelo rasteleiro Wilson Nascimento da Silva, 30 anos. Habitante de Morada Nova, em Marabá (PA), ele atua hoje na recuperação da BR-155/PA, especificamente cuidando do acabamento asfáltico. A rodovia federal liga as cidades paraenses de Redenção e Marabá e agora significa a possibilidade de um futuro melhor para a comunidade e a família de Wilson, que passou cinco anos sem emprego formal.
“Para mim é muito gratificante poder participar da obra porque temos [no canteiro] os pais de família, que precisam levar o pão de cada dia para casa, e as pessoas que transitam aqui na BR-155. (…) Antes, a rodovia estava muito estragada. Era muito trânsito, muito acidente, estava quebrando muito para-brisa dos caminhoneiros, dos carros pequenos. Eles reclamavam muito. Do jeito que estava não dava. Vamos recuperar o trânsito e a segurança de todos nós”, afirmou.
Quais as principais obras em rodovias federais?
• BR-222/CE Travessia de Tianguá;
• BR-343/PI Viaduto do Mercado do Peixe;
• BR-060/GO Anel Viário de Jataí;
• BR-101/ES Contorno de Mestre Álvaro.
“Fizemos muito em 2023, em comparação ao que a gestão anterior entregou. Estamos abrindo caminhos para o Brasil avançar. Mas a população brasileira merece muito mais. É por orientação do presidente Lula que vamos avançar ainda mais no próximo ano, gerando emprego e renda e permitindo que todas as regiões se desenvolvam, com segurança e sustentabilidade”, ressaltou o ministro dos Transportes, Renan Filho.
Parceria privada
Do total de 4,6 mil quilômetros recuperados, pavimentados e duplicados em 2023, metade foi levada adiante com investimento público. Realizado diretamente pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), só o volume tocado com verba pública já é maior do que o entregue pela gestão passada, somando orçamento da União e investimentos privados.
Porém, o governo do presidente Lula quer avançar. E, para isso ocorrer, não é possível depender apenas do orçamento público. Uma série de medidas para resgatar o interesse e aproximar investidores privados do setor de transportes foram adotadas ao longo do primeiro ano de gestão. Trata-se de parceria fundamental para retomar projetos significativos e construir uma agenda sólida para desenvolver a infraestrutura de transportes do país.
“Conversamos com todos os setores, tivemos mais de 50 reuniões bilaterais desde o início do ano com investidores, operadores de infraestrutura, representantes do mercado. Conseguimos corrigir distorções no modelo anterior de concessões e vamos avançar nos leilões previstos para 2024 e 2025”, declarou o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro.
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