A região metropolitana de São Paulo (SP) tem potencial para ampliar em 563 quilômetros a rede de transporte público coletivo de média e alta capacidade (TPC-MAC) até 2054, alcançando 1.309 km de expansão e ampliando de 8,9 milhões para 13,3 milhões o número de pessoas que utilizam diariamente corredores de transporte mais eficientes. A rede base atual conta com 746 km de extensão.
É o que aponta o Boletim Informativo nº 4 do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério das Cidades.
Somadas, as 21 maiores regiões metropolitanas (RMs) do país tem potencial para expandir em cerca de 2.500 km as redes de TPC-MAC até 2054. Segundo esta edição do ENMU, as Redes Futuras de transporte incluem novos trechos de metrôs, trens, veículos leves sobre trilhos (VLT), bus rapid transit (BRT) e corredores exclusivos de ônibus.
No caso da região metropolitana de São Paulo, a ampliação prevista seria feita por meio da expansão em 147km do sistema de metrô; em 96km da rede de trens urbanos; em 257 km de BRT ou VLT; e em 64 km de corredores.
Na região metropolitana de São Paulo, a chamada Rede Futura elevaria de 22% para 49,6% o indicador que mensura o percentual da população de uma região metropolitana que reside em um raio de até 1 km de estações de sistemas de TPC-MAC, considerando BRTs e sistemas de trilhos. Chamado de PNT (People Near Transit), o indicador foi criado pela organização global Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP).
“Na região metropolitana de São Paulo, o BNDES está financiando o maior projeto de mobilidade urbana em implantação na América Latina, a Linha 6-Laranja. Com R$ 12,3 bilhões de crédito, o projeto vai atender mais de 600 mil passageiros/dia. E este ano, o BNDES aprovou um novo financiamento, de R$ 2,4 bilhões, para primeira fase da expansão da Linha 2-Verde do metrô paulista. São obras estruturantes que mostram o compromisso do governo do presidente Lula com a mobilidade urbana. O investimento em corredores de transporte mais eficientes é uma política pública necessária para ampliar o acesso a oportunidades e melhorar a qualidade de vida das pessoas, especialmente das populações mais carentes. Além disso, contribui para o aumento da produtividade e a dinamização da economia nas grandes cidades”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
“Estamos fortalecendo o planejamento urbano com base em dados concretos, que nos permitem identificar prioridades e orientar ações de médio e longo prazo. Nosso foco, com a mobilidade urbana, é tornar o transporte coletivo mais eficiente, dinâmico e sustentável, assegurando qualidade de vida à população. Reduzir o tempo de deslocamento, com conforto e segurança, transforma a forma como as pessoas vivem, acessam oportunidades e se relacionam com as cidades”, afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho.







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