O mercado de importação e exportação do Brasil com outros países apontou um crescimento de 24,4% em maio de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, e as importações registraram uma queda de 2,0%, resultando em um superávit comercial de US$ 20,29 bilhões.
Essa crescente se deve bastante à atuação do transporte rodoviário de cargas, que representa cerca de 65% de toda mercadoria circulada. Entretanto, grandes transportadoras enfrentam algo bastante em comum nos países vizinhos do Brasil.
Se por um lado aqui o setor de transporte encara desafios constantes nos investimentos públicos para infraestrutura, principalmente de rodovias, no âmbito internacional não é diferente. Na ABC Cargas, empresa com sede em São Bernardo do Campo – SP, que concentra grande parte das suas atividades nas malhas internacionais, o exercício de transportar veículos por meios próprios enfrenta algumas dificuldades.
Danilo Guedes, presidente da empresa, destaca os principais contratempos nos países em que atua na América Latina: “Quem realiza operações principalmente pela Argentina, pelo Chile e pelo Peru encontra dificuldades: além das burocracias e dificuldades administrativas, há as questões climáticas adversas, como tempestades de neve, que afetam a operação como um todo”.
Essa época do ano, entre o outono e o inverno, é marcada por momentos bastante atribulados para as empresas justamente pelas más condições climáticas encontradas nas estradas. Recentemente, a passagem Los Libertadores, na fronteira Argentina-Chile, apresentou um deslizamento de terra que obstruiu a via e a interditou por sete dias.
Danilo conta que neste caso em específico de deslizamento de terra ocasionado pela chuva excessiva no Chile, a ABC Cargas manteve comunicação eficiente com as autoridades competentes e com seus parceiros comerciais para os informar sobre a situação e encontrar soluções.
“Existem outras rotas e passos fronteiriços habilitados para chegar em Santiago. Contudo, isso requer um planejamento antecipado e combinado com os clientes, porque, além de aumentar o tempo de viagem, há um aumento significativo de custos”, comenta Danilo.
Para casos assim, as organizações vêm proporcionando uma capacidade de preparação maior a seus motoristas para uma condução segura contra chuvas intensas, neblina, neve e gelo, incluindo a manutenção de distâncias seguras, ajuste adequado da velocidade, uso adequado dos freios e direção cautelosa diante das complicações climáticas.
0 comentários