O uso de inteligência artificial – que já contribui em diversos países e até mesmo em estados brasileiros para reforçar a segurança, evitar o roubo e o desvio de cargas, a sonegação fiscal e para reforçar a fiscalização nas estradas – pode gerar economia aos cofres públicos, se incluído nos novos editais de licitação do pacote de concessões de rodovias.
A evolução da inteligência artificial – com máquinas capazes de realizar tarefas e aprender a usar os mesmos dados para medir, gerenciar e planejar – está trazendo mudanças ilimitadas com o cruzamento de informações para o planejamento de ações de fiscalização e transporte no Brasil.
É o caso dos estados do Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, por exemplo, que incluíram em seus editais – além dos tradicionais sistemas de câmeras capazes de reconhecer as placas dos veículos – uma big data, sistema que possibilita o envio de um conjunto de dados maiores e mais complexos com qualidade de informação.
Chamado de Cerco Inteligente, o sistema permite o monitoramento de 250 carros por segundo e a identificação de mais de 30 características diferentes em cada passagem de veículo. Entre elas, informações como indicativo de placa clonada, restrição de furto ou roubo, restrições judiciais e restrições administrativas, como autorização de transporte escolar e GNV vencidos, por exemplo.
“O projeto conta com um sistema formado por 900 câmeras, instaladas em 290 pontos de fiscalização, incluindo as divisas do Estado, e que monitoram cerca de 1650 faixas em vias e rodovias. Também integram o sistema 90 pontos de coleta de imagens com balanças de pesagem em movimento (WIM – Weight in Motion). Todos os equipamentos trabalham de maneira integrada, entregando análise de dados com base em imagens, vídeos e ferramentas de investigação”, explica o gerente de tecnologia da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, João Paulo Siqueira do Nascimento, quando apresentou o sistema em Curitiba. Segundo ele, as informações obtidas por equipamentos de tecnologia estão garantindo um aumento de 90% no tempo de resposta, da Secretaria de Segurança Pública, nas operações de repressão a crimes como roubo de cargas, de veículos, tráfico de drogas, evasão fiscal e outros.
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