Olho nos pontos críticos!
Investimento em infraestrutura rodoviária precisa priorizar a solução de pontos críticos

As rodovias brasileiras começam 2024 com um triste legado herdado do ano passado. Em 2023, cresceu o número de pontos críticos na malha rodoviária do país, de acordo com levantamento feito pela Pesquisa CNT de Rodovias. Ao todo, foram identificadas 2.648 ocorrências graves na malha rodoviária do país, 38 a mais que em 2022. O aumento de pontos críticos representa um percentual de 1,5% em relação ao ano anterior. Os detalhes estão na publicação Radar CNT do Transporte – Pontos Críticos 2023, lançada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) nesta segunda-feira, 15.

Os perigos iminentes envolvem desde quedas de barreiras e erosões na pista a buracos grandes (cujo tamanho é igual ou maior que um pneu de veículo de passeio) e pontes estreitas ou caídas. Situações que tornam a movimentação rodoviária mais arriscada para o motorista e para a segurança viária, além de impactar a fluidez da via e elevar os custos operacionais do setor transportador.

As três Unidades da Federação que tiveram os maiores números de pontos críticos em termos absolutos, em 2023, foram Minas Gerais (383), Acre (374) e Maranhão (258). Levando-se em conta o total de pontos críticos em relação à extensão da rodovia pesquisada pela CNT, a região Norte lidera a densidade de problemas. O Acre contabiliza 27 pontos críticos a cada 100 quilômetros. Em segundo e terceiro lugares estão os estados de Roraima e do Amazonas, nos quais o motorista pode encontrar, onze pontos críticos a cada 100 quilômetros.

Com avaliação positiva em termos absolutos destaca-se o Distrito Federal, que não teve registros de pontos críticos nesta edição da Pesquisa. Já Paraíba e Mato Grosso tiveram, respectivamente, uma e seis ocorrências. Na avaliação por densidade, esses mesmos estados e Goiás obtiveram as menores concentrações de pontos críticos em suas malhas.

Locais com ocorrência de buracos grandes lideram o número de casos, com 1.803 registros, sendo que, no ano passado, 99% deles não tinham qualquer tipo de sinalização de advertência. No histórico de onze anos de análise de pontos críticos pela CNT, a contagem de trechos com buracos grandes saltou de 64, em 2012, para 1.803, em 2023. O aumento de quedas de barreira também foi expressivo no período. Passou de 20 ocorrências, em 2012, para 207, no ano passado. O mesmo caso ocorreu com as erosões na pista. Há onze anos foram identificadas 162 e em 2023 passaram para 504.

Diante dos resultados, a CNT estima que sejam necessários R$ 4,88 bilhões para a resolução dos problemas de 2023 apontados na publicação. Desse total, 38,5% devem ser destinados à correção de quedas de barreiras e 21,7%, à adequação ou reconstrução de pontes estreitas. Levando-se em conta o investimento necessário para intervenção de melhorias emergenciais, como reconstrução, restauração e manutenção dos trechos da malha rodoviária federal que apresentam problemas, a estimativa da necessidade de recurso sobe para R$ 46,8 bilhões.

A Confederação defende que sejam empreendidos maiores esforços na priorização em infraestrutura do transporte, diante dos impactos e riscos que os pontos críticos exercem sobre a fluidez do trânsito e a segurança dos usuários. “O investimento na prevenção e/ou na correção imediata de pontos críticos é a melhor forma de evitar que os problemas nas vias se agravem”, afirma o diretor executivo da CNT, Bruno Batista.

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