E a Volvo Buses quer eletrificar toda a América Latina com seus ônibus biarticulados, principalmente as cidades que possuem os BRTs. A montadora acaba de anunciar que irá iniciar as validações de seus veículos por varias cidades e a primeira será Curitiba (PR), onde fica a sede das operações da marca no continente. Em seguida, veículos irão circular também em Bogotá (Colômbia) e na Cidade do México.
“Um BRT com estes veículos é capaz de transportar a mesma quantidade de passageiros do que um sistema de metrô, mas com custos de implantação e operação infinitamente menores e também com zero emissões”, assegura André Marques, presidente da Volvo Buses América Latina. No momento de seu lançamento comercial, o chassi será produzido no complexo industrial da Volvo em Curitiba e poderá ser exportado para diversos países onde há cidades com BRT.
No biarticulado elétrico o motor fica na parte central, entre o primeiro e o segundo eixos, tracionando. Com isso, assegura melhor distribuição de carga por eixo e viabiliza carrocerias com salão completamente livre para os passageiros veículo, uma vez que o avançado e inteligente design garantiu que todos os componentes elétricos e mecânicos fossem instalados abaixo do piso. Em carrocerias de 28 metros a capacidade de transporte é de até 250 passageiros. “Estamos conciliando a base mecânica consagrada há anos em nossos biarticulados a diesel com a mais moderna tecnologia de ônibus elétricos Volvo”, afirma Alexandre Selski, diretor de eletromobilidade ônibus da Volvo na América Latina. Com larga experiência, a marca tem mais de 6.000 ônibus elétricos e híbridos em circulação no mundo.
Alta capacidade
O veículo está equipado com dois motores elétricos de 200kW cada, totalizando 400kW, o equivalente a 540cv. Possui também uma caixa de câmbio automatizada de duas velocidades, baseada na consagrada transmissão Volvo I-Shift. Este afinado conjunto garante melhor capacidade de vencer aclives, muito menos vibração dos componentes e, consequentemente, melhor performance e maior vida útil do ônibus, proporcionando um menor custo de manutenção.
Em relação as baterias, ele pode ser equipado com até oito baterias, com 720 kWh de capacidade total, o que lhe confere autonomia de até 250 quilômetros. O tempo de recarga total varia entre 2 e 4 horas, dependendo do tipo e potência da estação de carregamento. Além disso, poderá ter a opção de carregador no teto da carroceria para recargas rápidas em terminais BRT, ao longo da jornada diária. A melhor solução de carregamento é geralmente decidida pelo órgão gestor das cidades. “A Volvo conseguiu equilibrar a autonomia necessária neste tipo de operação, com a mesma quantidade de passageiros, mesma configuração de portas das atuais estações de embarque e desembarque, além do desempenho e confiabilidade dos consagrados biarticulados a diesel. É um grande benefício para os operadores de transporte, com a vantagem de zero emissões e zero ruído em benefício da população das cidades”, explica Gilcarlo Prosdócimo, gerente de engenharia de vendas da Volvo Buses.
Fotos: Rodolfo Buhrer
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