O Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) vive um dos seus maiores desafios nas últimas décadas: a escassez de motoristas qualificados. De acordo com levantamento da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), o Brasil perdeu mais de 1,2 milhão de motoristas de caminhão entre 2014 e 2023. O déficit de motoristas já impacta diretamente a capacidade operacional das empresas de transporte, elevando os custos logísticos e comprometendo a eficiência da cadeia de suprimentos em todo o país.
Os motivos para esse cenário são diversos. Entre eles, estão as condições desafiadoras de trabalho nas estradas brasileiras, com infraestrutura precária, longas jornadas, insegurança e riscos de acidentes e roubos. Soma-se a isso o envelhecimento da categoria, com idade média entre 52 e 54 anos, e o baixo interesse dos jovens pela profissão. Nos próximos 10 anos, estima-se que mais de 60% desses profissionais estejam aposentados, agravando ainda mais o problema. Além disso, os custos para obtenção e manutenção das categorias profissionais (C, D e E) de habilitação seguem elevados, dificultando o ingresso de novos motoristas no setor.
Na West Cargo, o impacto da escassez de motoristas é uma pauta constante nas estratégias de gestão de pessoas e operação logística. “Estamos falando de uma das funções mais essenciais do TRC, mas que ainda carece de políticas públicas e de valorização adequada. Sem motoristas, não há transporte, e sem transporte, toda a economia é afetada. Por isso, além de enfrentar os desafios do dia a dia, precisamos atuar com visão de futuro para manter a operação funcionando com excelência”, afirma Fabiano Perazzoli, diretor operacional da empresa.
Para enfrentar esse cenário, a West Cargo tem investido em ações consistentes de atração e retenção de motoristas. A empresa foi reconhecida com o selo Great Place to Work (GPTW), reflexo do compromisso em construir um ambiente de trabalho respeitoso, seguro e colaborativo. “Nosso foco é garantir que o motorista se sinta valorizado. Investimos em programas de capacitação e qualificação, frota moderna e equipada, e um pacote de remuneração diferenciado, com bonificações por desempenho baseadas em telemetria”, explica Perazzoli.
Além disso, a empresa oferece plano de carreira para evolução de categorias (C, D, E), reforçando oportunidades reais de crescimento. “Estamos qualificando os nossos motoristas, oferecendo condições para que cresçam com a empresa”, completa o diretor.







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