Você já deve ter visto essa cena muitas e muitas vezes nas principais estradas do país: chassis de veículos pesados inacabados ou incompletos trafegando em vias públicas. Você também já deve ter visto cavalos mecânicos novos recém-produzidos, sem reboques, sobre chassis, sem implementos rodando.
Pela ausência de carga e pela rigidez da suspensão – obviamente projetada para trabalhar majoritariamente sob carga – os motoristas desses veículos comumente baixam a pressão dos pneus para ter um rodar mais confortável, evitando que o veículo fique “pulando”. Mas será que essa prática é adequada?
Quando veículos, leves ou pesados, são produzidos, há uma prática comum na indústria de calibrar seus pneus com pressões mais altas, próximas à pressão máxima nominal. Ela evita que os pneus fiquem chatos, o chamado efeito “flatspot”, caso fiquem parados por muito tempo nos pátios.
“Acertar a pressão dos pneus em veículos novos garante a segurança e a estabilidade ao rodar, além de, obviamente, melhorar o conforto da viagem. Os pneus precisam ser calibrados de acordo com a carga que está transportando. Portanto, se ele está vazio ou até sem carroceria, fica claro que a pressão deve estar adequada a essa condição”, explica Rafael Astolfi, gerente sênior de serviços técnicos ao cliente da Continental Pneus Américas.
Não se pode baixar a pressão dos pneus sem nenhum cuidado ou referência. Se a pressão estiver muito baixa, mesmo com o veículo descarregado, as distâncias de frenagem, a estabilidade e a dirigibilidade serão prejudicadas. Em casos mais extremos, danos nos pneus ainda podem ser esperados, tais como desgastes irregulares e aberturas na forma de zíper, por exemplo.
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