Que o Compass da Jeep é um fenômeno de vendas isso não se discute. Desde que chegou ao mercado nacional em 2016, ele vende e vende muito bem. Não à toa, já foi líder de vendas do segmento em 2017, 2018 e ano passado só perdeu para o primo menor Renegade. Mesmo assim o SUV médio da Jeep emplacou 70.906 unidades no território brasileiro, de acordo com números da Fenabrave.
No segundo trimestre de 2021 veio a nova geração. Nas versões a gasolina foi trocado o motor por um mais moderno e eficiente. Contudo, nossa avaliação é o modelo a diesel “trilheiro” Trailhawk 4×4, algo mais “em casa” para a Rede do Transporte. Na motorização nenhuma novidade. O bom motor de TD 350 de 170 cavalos oferece 35.7 kgfm de torque logo a 1.750 rpm, típico dos motores a diesel fortes já nas baixas rotações ( e sim, isso faz a diferença). Ele faz a dupla com o cambio da ZF de nove marchas.
Na parte externa do médio, vamos lá: 4404 mm de comprimento, 2636 mm de entre eixos e largura de 1819 mm com altura de 1653 mm. Para quem vai literalmente “usar” o nome dele, bons ângulos de entrada (30.6°) e saída (33.2°) garantem um off road interessante aliada a suspensão honesta e elevada (21.6 cm livre do solo). Some a isso luzes totalmente full leds na dianteira, inclusive nos de nebilna.
Interior
Ao abrir a porta, ele te convida a sentar e guiar. Ótimos acabamentos, tudo bem costurado, painel macio (ao contrário da prima Toro, mesma na versão Ultra). Sente- se e ache uma posição excelente para dirigir nos ajustes elétricos. Também é fácil, no motorista são oito posições. Depois pareie seu celular com a central multimídia de 10.1”. Achar tudo lá é fácil e intuitivo. A definição da tela principalmente na câmera traseira é algo bem interessante nas manobras.
Aqui os principais itens que acho mais importantes colocar de série (atenção, tem mais. Para quem quer saber todos dá uma olhada no site da Jeep): ABA, Acendimento automático dos faróis; Adventure Intelligence; Alertas de limite de velocidade e manutenção programada; Apple Carplay e Android Auto com espelhamento sem fio; Ar Condicionado automático dual zone; Chave de presença com telecomando para abertura de portas e vidros – Keyless Enter ‘n Go; Cinto traseiro central de 3 pontos; Controle de Estabilidade (ESC); Controle de Tração; Controle eletrônico anti capotamento; Câmbio automático de 9 marchas; Câmera de estacionamento traseira; Direção elétrica; Monitoramento de pontos cegos; Piloto automático; Sete airbags (Frontais, laterais, de cortina e para os joelhos do motorista); Seletor de terrenos com exclusivo modo Rock (Selec-Terrain); Sistema de estacionamento semiautônomo (Park Assist) e Wireless Charger (Carregador do Celular por Indução).
Ao volante
Ufa, tecnologia com segurança é o que não falta. E ao rodar, digo que é um “mamão com açúcar”. Direção elétrica precisa, sem flutuar, motor que responde bem. E falando nele, a Jeep fala em médias de 10,3 km/l na cidade e 13,5 na estrada. Andei cerca de 500 km em percurso misto e gostei da média. Foram 13.6 km/l. Nada mal para um veículo que pesa quase 1.800 kg.
Me surpreendeu bem a suspensão, bem acertada tanto nas rodovias ou nas ruas esburacas ou estradas de terra (aí basta usar o seletor de terrenos viu?). Ninguém sofre e reclama da coluna seja depois de uma viagem ou um passeio pelo campo. De toda a tecnologia dele, você a utiliza praticamente em toda sua “saída”. Só não achei necessidade de se utilizar as borboletas atrás do volante. Em um veículo deste nem precisa. Depois que voltou, é só abrir o porta malas que carrega 388 litros e tirar as tralhas.
Nesse teste, a versão Trailhawk se mostrou excelente, com certeza. Seu valor, assim como todos os veículos no Brasil é caro devido aos impostos. São necessários R$ 248.493 mil para tê-lo na sua garagem em São Paulo. E claro, essa é a sua versão se você vai para a terra e anda mais de 100 mil km ao ano. Se não, as opções a gasolina serão testadas daqui há pouco e falamos tudo para vocês.
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