Boa de cidade e rodovia!
Levamos a versão 315 CDI Street para rodar nas grandes cidades e realizar uma viagem de 500 km. Conforto e economia de diesel foram os pontos altos do utilitário da Mercedes-Benz

A Sprinter já é uma velha conhecida no mercado brasileiro. Pudera, já está em sua terceira geração e por aqui são mais de 155 mil unidades vendidas, provando sua capacidade e versatilidade quando se fala de utilitário de carga e passageiros. Tive o privilégio de ficar uma semana com o modelo Street Furgão 315 CDI para ver se a idade leva a maturidade.

Não vou falar de design pois já se conhece muito bem essa atual geração.  O veículo testado com 9 m³ de capacidade de carga traz no baú vário ganchos de fixação de carga, luzes para visualização quando se esta a noite e uma ótima abertura das portas traseiras de 270 graus. Se as “quinquilharias” forem pequenas, use a porta lateral que corre que também ajuda bastante. E dentro deste compartimento de carga, as medidas são generosas. São 3,37 m de comprimento, 1,78 m de largura e 1,71 m de altura. Cabe bastante coisa ali.

Portas facilitam a carga e descarga. Compartimento tem 9 m³ de espaço

Mas ao mesmo tempo que falamos de um veiculo de carga, precisamos sim compará-lo a um automóvel. O PBT de 3.5 toneladas permite habilitação B. Mas não é nem isso que vou levar em consideração. Vou elogiar mesmo o habitáculo do motorista e seus ajudantes. Como sempre digo, está cada vez mais confortável dirigir um utilitário nos dias atuais. A ergonomia se assemelha e muito com um automóvel. Tudo está muito fácil e a mão. Volante, sua empunhadura, alavanca de cambio e acesso a multimídia.

Completo

No pacote de série, a Sprinter vem já com freio a disco nas 4 rodas, ESP, assistente de vento lateral, assistente de partida em rampa, alerta de fadiga e o importantíssimo ABA, que é o assistente ativo de frenagem, que chega a frear o veiculo sozinho. E para ajudar, a unidade veio com o pacote Hi-Tech. Nele estão inclusos a multimídia MBUX, câmera de ré e o volante multifuncional. Aí fica fácil demais.

Ergonomia de automóvel facilita o dia a dia. Só faltou transmissão automática

Se o que coloquei acima é importante, outro motivo para os “mercedeiros” festejarem. O propulsor é a cereja desse bolo. O OM 654 2.0 turbodiesel colocado nela no final do ano passado está com 150 cavalos e 34.7 kgfm de torque. A boa noticia é que ele está 6% mais econômico em trechos urbanos e até 11% mais econômico em trechos rodoviários. E pude comprovar na prática. É um motor bem elástico e que está sempre pronto a responder a qualquer pisada no acelerador. Suas seis marchas manuais são bem escalonadas com a caixa da ZF, além da direção elétrica bem ajustada que contribuem para o trânsito do dia a dia.

Mas é claro, existem pontos a se considerar. E aqui não é só a Sprinter mas a concorrência também tem. A embreagem nesse tipo de veiculo costuma ser mais dura e longa. No anda e para dá um desconforto sim. Os bancos do motorista ficariam perfeitos se fossem um pouco mais largos. Tenho 1.76 metros com 72.5 kg e confesso que fiquei um pouco desconfortável guiando mais de 4 horas direto. E para finalizar, achei estranho que por enquanto a Mercedes não fala em transmissão automática nas Sprinter. É algo que a concorrência, leia-se Ford Transit e Iveco Daily já possuem por aqui e que vai fazer a diferença para o motora. Ok, o preço é mais alto mas terão benefícios aí.

Mas no final das contas a Sprinter é a Sprinter. Ela fala por si só e é referência nesse segmento. E como mencionei no início, a idade nesse caso com certeza levou a maturidade.

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