A Petrobras ampliou os testes em suas unidades com o objetivo de aumentar a capacidade de produção do combustível com conteúdo renovável em seu parque de refino. Além da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar, PR), que já faz a comercialização do produto, foram realizados testes de produção na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC, SP), Refinaria Duque de Caxias (Reduc, RJ) e Refinaria de Paulínia (Replan, SP).
O Diesel R5 está sendo gerado a partir do coprocessamento de derivados de petróleo (parcela mineral) com matérias-primas de origem vegetal, como óleo de soja. Esse novo combustível é uma alternativa sustentável para os veículos do ciclo diesel, pois a redução das emissões associada à parcela renovável é de ao menos 60 % em comparação com o diesel mineral, podendo ser até maior a depender da matéria-prima utilizada.
A redução das emissões de gases de efeito estufa é um desafio global imposto pelas mudanças climáticas, para a qual a indústria de óleo e gás tem papel fundamental. Uma das principais ações na construção da rota de descarbonização é a adaptação do esquema tradicional de refino de petróleo, viabilizando o processamento de matérias-primas de origem renovável e reduzindo a intensidade de carbono dos produtos.
No caso da Petrobras, o Diesel R5 (com 5% de conteúdo renovável) é resultado do desenvolvimento de uma tecnologia própria, concebida e desenvolvida no Centro de Pesquisas (Cenpes), testada e aprovada em produção industrial nas refinarias.
Suportada em excelentes resultados, a Petrobras fez o lançamento oficial do Diesel R5 para o mercado e, em setembro de 2022, foi concluída a primeira venda do produto na Repar. Hoje, a refinaria está apta a produzir o Diesel R5 em suas duas unidades de hidrotratamento, com certificação internacional ISCC Plus (International Sustainability and Carbon Certification) e ISCC EU (conforme RED Renewable Energy Directive), reconhecendo sua contribuição no abatimento de emissões de gases de efeito estufa.
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