Não é novidade para ninguém que desde que foi lançada no Brasil em 2016 a Fiat Toro é um verdadeiro sucesso. A picape da Fiat reina sozinha no que a marca fala em Sport Utility Pick-Up (SUP) e a cada ano, a cada mudança, ela parece ficar ainda mais interessante. Fiquei quase 20 dias com a versão mais top, a Ultra 4×4 e posso dizer que deixá-la me deixou com saudades.
Tal versão se difere das outras irmãs somente por uma faixa vermelha logo abaixo do capô. Alias, somente ela e a Ranch possuem tal faixa. As linhas da grade mudaram e agora estão iguais para todas, com formato hexagonal. Design traseiro não mudou mas as rodas 17 de uso misto com novos desenhos e diamantadas ficaram mais harmoniosas na versão Ultra.
Por dentro nada mudou, a não ser o volante agora com o desenho já utilizado no Argos. Contudo, é fácil achar uma boa posição de dirigir com os comandos para o motorista sendo elétricos. A ergonomia você acha fácil. Atrás quem vai não se incomoda muito. Com o entreeixos de 2.99 m viagens de longas distâncias são cumpridas sem estresse e os joelhos agradecem.
O veiculo é bem equipado. Seu quadro de instrumentos digital é de fácil visualização e se somar com a multimídia de 10” tem um conjunto muito assertivo para todas as funções da picape. Ela tem ainda câmera de ré, carregador de celular por indução, vidros e retrovisores elétricos, partida sem chave e remota, faróis full led.
E no quesito segurança, conta com frenagem de emergência, sistema de permanência em faixa e faróis que se abaixam automaticamente nas estradas quando se trafega com ele alto. Aí, confesso que senti falta de sensor de ponto cego e o piloto automático preditivo, que freia e acelera o veículo sozinho dentro da velocidade programada, assim como no Compass e Commander. Por R$ 210 mil, valeria sim vir com tais sistemas.
Agora no andar, sou suspeito. Como 97% do que a Rede divulga é sobre diesel, nada mais justo que do que o motor turbo diesel de 170 cavalos e 35.7 kgfm de torque acoplado a caixa de 9 velocidades me agradar. É bom ouvir o ronco tradicional. Ele funciona bem nas saídas, o que já é esperado, e também em retomadas. Além de bom desempenho, ponto para a economia, apesar do preço do diesel S10 atualmente. Foram mais 900 km rodados em cidades e rodovias e a média ficou na casa dos 13.8 km/l. para um veiculo de quase 2 toneladas. Nada mal não?
Algo que é polemico agora na Toro e só nessa versão é a caçamba. O espaço leva 937 litros de capacidade, tem uma bolsa grande da Mopar para levar tudo dentro sem molhar, mas tem um pênalti. A capota é rígida e tem abertura semelhante um porta mala com 45 graus de abertura. Com certeza você não conseguirá levar nada alto. Eu por exemplo, queria descartar uma geladeira antiga e não consegui. Culpa do sistema da abertura desta capota. Ok que ela dá um ar de sedã 4×4 mas na minha opinião não é funcional. Agora, se isso não te incomoda, a Ultra é uma excelente opção. Tem R$ 210.990? Então é só fazer o pix e ser feliz!
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