Setor pede mais atenção!
Transporte coletivo urbano com mais qualidade e tarifa acessível é discutido em seminário na NTU

Durante três dias, clientes, trabalhadores, empresários do setor transportador, indústria e governo debatem diferentes aspectos e temas relacionados ao transporte coletivo urbano de passageiros. As discussões foram promovidas no Seminário Nacional NTU 2022, na semana passada na capital paulista. O evento é gratuito, híbrido (com transmissão também online pelo YouTube da NTU), e é realizado junto com a Feira Latinoamericana do Transporte – Lat.Bus Transpúblico, o maior evento em mobilidade urbana da América Latina. O Sistema CNT é apoiador do evento, que é realizado pela NTU (Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano).

O presidente do Sistema CNT, Vander Costa, participou da abertura do seminário e enfatizou a importância desse tipo de transporte para o Brasil e a necessidade de novas discussões a respeito do financiamento do segmento. “O setor de transporte urbano de passageiros foi um dos mais atingidos pela pandemia. Passado o sofrimento, a gente conseguiu retomar a quantidade de passageiros próxima à que tínhamos antes dessa fase. Mas ficaram algumas lições e oportunidades. Aquilo que antes era tido como impossível de ser discutido – que era a tarifa deixar de ser toda arcada pelo usuário –, hoje, já tem espaço no Congresso Nacional para um debate no qual é possível diferenciar o valor pago da remuneração. Esse debate é fundamental e oportuno”, exemplifica Vander Costa.

Na mesma linha do discurso do presidente da CNT, o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal, destacou que o transporte coletivo de passageiros é um direito e um serviço essencial, e não uma atividade meramente mercadológica. “O papel da NTU e de um seminário desse porte é discutir a necessidade de o poder público participar para o equilíbrio dos contratos, para que haja de fato algo que é a expressão de cidadania e dignidade da pessoa humana: o transporte público de qualidade. A participação do Senado Federal no evento revela o fato de que o Congresso está aberto a boas iniciativas, que sejam inteligentes, que sejam modernas, de aprimoramento do transporte coletivo; e a ideias que possam materializar uma nova realidade, não só para os municípios ou para a iniciativa privada, mas sobretudo para o usuário que depende do transporte coletivo”, afirmou Pacheco.

O presidente-executivo da NTU, Francisco Christovam, considera o momento decisivo para esse amplo debate sobre a qualidade transporte coletivo urbano no Brasil. “Precisamos avançar para a concretização de medidas efetivas, que a sociedade e o setor vêm cobrando há anos dos tomadores de decisão, na esfera pública. O transporte coletivo por ônibus é um serviço público e não temos o poder de efetivar medidas que cabem aos poderes concedentes”, destaca.

Com números inéditos sobre o desempenho do transporte coletivo por ônibus urbano no país, o Seminário aborda as principais causas da crise aguda que afeta o setor e aponta novos caminhos, como a atualização do marco legal do transporte público, capaz de promover mudanças definitivas e estruturais nesse serviço, que é essencial e estratégico para a sociedade. Com o tema “Novas regras para o transporte coletivo urbano: mais qualidade e tarifa mais acessível”, o evento também abre espaço para o debate sobre um novo modelo de financiamento, medidas inovadoras para recuperar a demanda, além de aprofundar as discussões sobre  a descarbonização do ônibus coletivo. Ainda aborda a relevância do transporte público na agenda das eleições 2022 e a participação de entes públicos na retomada dos serviços de transporte.

O objetivo é que as discussões avancem para sugestões de medidas anticrise eficazes, com foco na melhoria do segmento, como o uso da inovação como ferramenta para a recuperação da demanda perdida de passageiros e fidelização de clientes. “Essa 35º edição do Seminário Nacional 2022 traz temas relevantes para os debates com vistas a analisar e propor soluções para a grave situação em que vivemos e ao mesmo tempo apontar novos caminhos a seguir, como a proposta de um novo marco legal para o transporte público coletivo urbano, com atenção à questão da separação das tarifas, ou seja, da tarifa pública – o valor a ser cobrado dos usuários –, e a tarifa de remuneração, valor necessário para cobertura dos custos operacionais. Além disso, pretendemos discutir a necessidade de subsídios e de fontes extra-tarifárias, de forma a garantir o equilíbrio econômico financeiro dos contratos”, afirma o presidente do conselho diretor da NTU, João Antonio Setti Braga.

Com informações NTU

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