De olho no tempo!
Tempo para carga e descarga continua sendo desafio para transportadores

Neste ano, o processo de carga e descarga das mercadorias nos principais polos recebedores da capital e da região metropolitana registrou um tempo médio de 3h06, seis minutos a menos do que apontado no ano anterior (3h12). Essa análise foi realizada em uma iniciativa da Diretoria de Especialidade de Abastecimento e Distribuição e o serviço de Apoio Operacional do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), por meio do Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC), órgão de pesquisa associado à entidade.

Segundo Raquel Serini, economista do IPTC, essa queda de 2% entre 2021 e 2022 representa uma redução do custo da hora parada desse veículo, ou seja, uma diminuição de gastos com a improdutividade: “Esse tempo médio de carga e descarga afeta diretamente a produtividade das transportadoras uma vez que a maioria dos custos é ‘diluída’ pelo quilômetro rodado. Portanto, quanto mais circular e quanto mais entregas realizar, menor serão os custos e melhores serão os resultados financeiros da empresa”.  

A pesquisa Índice de Eficiência no Recebimento (IER), promovida pelo instituto, mostra que um veículo truck, por exemplo, com capacidade de 15.000 kg marcou, em 2022, R$ 84,98 por hora. Com o tempo médio de descarga apresentado no ano passado (3h12), o custo final da operação chegaria a R$ 265,15; já com a queda de 2% deste ano, com 3h06, o custo foi para R$260,05.

De acordo com o IPTC, esse fator está ligado à eficiência do local que está recebendo a carga, o que pode interferir diretamente no tempo de atividade da empresa de transporte que está efetuando a descarga. Quanto mais o transportador demorar nos centros de distribuição, mais se perde em rendimento e há aumento do custo operacional e da mão de obra disponível (motoristas). “Em casos extremos, com tempo de até 13h30, a empresa é obrigada a trocar o motorista para não ultrapassar o tempo de jornada de trabalho”, complementa Raquel.

Para Adriano Depentor, presidente do conselho superior e de administração do SETCESP, a infraestrutura é o principal ponto que dificulta esse tempo médio no recebimento da carga e afirma: “Além disso, a organização interna das empresas também tem papel fundamental nisso, como o processamento dos dados e a verificação de pedidos, entre outros. É justamente com relação a isso que as empresas podem se preparar para obter um tempo cada vez menor: à velocidade dos processos e à conciliação dos pedidos com os setores de compra”.

O IER é realizado há 20 anos e realiza uma premiação anual, que tem como intuito reconhecer o desempenho da melhor rede no último ano. É avaliado de março a junho e em quatro grupos diferentes de estabelecimentos: centros de distribuição, supermercados, atacadistas e home centers.

Com informações Setcesp

Compartilhe essa matéria em suas redes sociais

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

+ dessa categoria
Excelente marca Ipiranga!

Excelente marca Ipiranga!

Projeto Saúde na Estrada da Ipiranga completa 700 mil atendimentos em 16 anos de programa

Um lote de “responsa”!

Um lote de “responsa”!

Volkswagen Caminhões e Ônibus conquista seu maior lote no Caminho da Escola com 5.600 veículos

+ categorias