Uma pesquisa feita com 1.500 caminhoneiros de todo o Brasil pela Fretebras revelou que mais da metade dos entrevistados (53,6%) já ficou sem receber o saldo do frete, mesmo após ter concluído a entrega da carga. A prática comum do mercado é das empresas adiantarem de 70% a 80% do valor do frete aos motoristas contratados e o restante, após a entrega. Porém, segundo o estudo, na maioria dos casos (47,8%) o calote no pagamento do saldo aconteceu mais de uma vez.
Atenta a essa realidade desde o ano passado, a Fretebras decidiu incorporar à sua conta digital um novo serviço que tem como meta final eliminar os calotes do mercado. Este novo serviço foi lançado no segundo semestre de 2021 e foi batizado de “Saldo Garantido”. Com o benefício, a Fretebras afirmou ter recuperado mais de R$ 1,6 milhão para caminhoneiros de todo país. “A situação dos calotes sempre nos preocupou. Com o Saldo Garantido, fomos capazes de eliminar totalmente o risco de o motorista ficar sem receber”, explica Thiago Chueiri, diretor de fintech da Fretebras.
Segundo a Fretebras, o fato mais preocupante da pesquisa foi que 65% dos entrevistados não costumam adotar nenhum tipo de medida para evitar o calote no saldo do frete. Dentre aqueles que afirmam tomar alguma medida para se proteger, a mais comum é o registro das informações da negociação, o que não traz garantias efetivas. Apenas 20% afirmou assinar um contrato de trabalho.
“O Saldo Garantido é um direito do caminhoneiro que busca fretes na nossa plataforma e recebe o adiantamento por meio da nossa conta digital. Caso o calote aconteça, nós nos encarregamos de garantir que o motorista receba o que lhe é devido”, reitera Chueiri. O diretor explicou que a função não se trata de um empréstimo, mas sim uma garantia de recebimento que a Fretebras oferece ao motorista parceiro.
A pesquisa da Fretebras revelou ainda que os calotes são mais frequentes no Sudeste, já que 57% dos respondentes da região afirmaram terem sofrido com a falta de pagamentos. Em seguida, 56% dos entrevistados do Sul confirmaram que passaram pela mesma situação. As menores incidências foram registradas no Centro-Oeste e Norte, onde menos da metade dos motoristas foram vítimas do calote no saldo do frete. Ainda assim, os números do estudo revelam um cenário preocupante.
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