Um GLA 200 para sonhar!
Andamos com o GLA 200 AMG e ele mostra que aquele “hatchzão” da geração anterior evoluiu para um belo esportivo

Saiu de cena o “hatchzão” que chegou aqui em 2013 para dar lugar a um SUV esportivo. Assim eu coloco o GLA 200 na versão AMG Line. E olha que o esportivo aí vem mais do estilo, design que o pacote AMG dá do que propriamente o motor.

Agora o modelo está mais encorpado. Mais parrudo. Suas linhas dianteiras estão mais altas, os faróis parece que mais “encaixados” e sua traseira tem agora lanternas afiladas que invadem o porta malas. Some a isso as rodas aro 20 e temos um belo exemplar de automóvel. Alias muita gente virava o pescoço para dar aquela “fitada” no GLA.

Nas medidas, ele está exatos 30 mm maior na largura e entreeixos, com 1.834 mm e 2.729 pela ordem. No comprimento, ele deu uma leve encolhida de 7 mm e tem 4.410 mm. E na altura seu maior avanço. Foram acrescidos nessa geração 87 mm, passando a 1.611 mm no total.

Por dentro, o que se espera de um legítimo Mercedes. Material macio ao toque nos painéis, couro Alcântara nos bancos e na forração das portas dão um requinte no habitáculo. Bancos do passageiro e motorista regulados eletricamente e com massagem. O que chama a atenção são as duas telas digitais tipo tablets na horizontal que tem 10.25” cada uma e que saem do lado esquerdo e vão até o meio do painel. A da esquerda você controla todas as informações do cluster e a da direita a multimídia. Destaque também para o console, que se pode controlar a multimídia por uma superfície sensível ao toque que parece um mousepad. Fica bem fácil “brincar” com o aparato.

Tecnologia

E no quesito tecnologia, aí é bem farto. O SUV vem com piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência, assistente autônomo de estacionamento, alerta de pontos cegos e sensor de manutenção de faixa (que confesso, desliguei pois acho bem chato). Ah, tem ainda sete airbags, um bonito teto solar e quatro modos de condução.

Seu coração está novo. Agora ele tem um propulsor em conjunto com a Renault 1.3 turbo de 163 cavalos e 25.5 kgfm de torque (aliás, o mesmo torque da geração anterior) já em 1620 rpm. Não é um canhão, mas também não compromete. Contudo, ele está bem calibrado. Em conjunto com a transmissão de sete velocidades e dupla embreagem não se percebe a trocas e o conjunto não é áspero. Dê uma boa acelerada pisando forte que ele sobe linear, não fica pensando.

Agora o consumo. Fruto da tecnologia, ou melhor, do downsizing, consegui fazer 13.6 km/l e olha que andei quase 1.000 km entre estradas e cidades. Nada mal não? Um adendo: fui com tempo de sobra de São Paulo para Resende (RJ) pela Dutra e liguei o piloto automático adaptativo. Obviamente só fiquei ligado ao volante, uma vez que não precisei acelerar ou frear. O sistema chegou a fazer 15.5 km/l. Se você tiver sem pressa em uma viagem, vale muito a pena.

Mas agora, se tenho que fazer alguma crítica foi a suspensão. Ela é um pouco dura. O pacote AMG ou as rodas aro 20 também não contribuem nesse sentido. Outra crítica, mas que aí ela se espalha para todos é em relação ao preço. Se quiserem um exemplar deste na garagem, a conta fica em R$ 348.900. Sonho de muitos (inclusive o meu), realização para poucos.

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