A Ranger FX4 tem quase tudo o que você precisa em uma picape média com aquele apelo aventureiro. O quase já explico posteriormente. Mas vamos começar por essa cor Vermelho Toscana dessa unidade que avaliei. Uma cor muito bonita e discreta, como já é de meu gosto. Seus apliques não tem cromado, o que me agrada (diferente da Limited). Tudo é preto, desde a grade, retrovisor, santantônio, para choques e as belas rodas aro 18 com pneus 265/60 R18 para uso misto e desenhos exclusivos. O conjunto fica mais harmonioso com os faróis Full Led. Bom, se você quer e gosta de um estilo off-road, a FX4 cai como uma luva. É minha opção frente a Storm, que também tem a pegada aventureira.

Na caçamba que já está com protetor ela carrega 1.180 litros. Como uma legítima representante das médias, suas dimensões são: 5.354 mm de comprimento; 1.821 mm de altura; 3.220 mm de entre-eixos e 2.163 mm de largura de espelho a espelho. Seu interior é bonito e funcional. Os bancos de couro com costura vermelha se fazem presentes e nos da frente vem até com a grafia FX4 para diferenciar.

Tecnologia

No painel, segue o mesmo das demais Ranger. Mas agora explico o quase tudo no inicio do texto. A tela de LCD multifuncional touchscreen no painel central é de 8”, junto as duas no painel de instrumentos de 4.2”. Por ali você controla as ações do veículo. Como ela não é a Limited, não tem por exemplo o aviso de sensor de faixas e piloto automático adaptativo (viu?). Mas não deixa de ter um bom pacote como sete air bags, ESP, piloto automático, ar condicionado de duas zonas, banco do motorista com ajuste elétrico, retrovisor interno anti ofuscante, sensores de estacionamento traseiros, câmera de ré, além do Ford Pass que você controla várias funções da picape via aplicativo da Ford. Algo que precisa ser colocado é como um veiculo de mais de R$ 300 mil não oferecer o ajuste de altura do volante. Na FX4 é só profundidade…

Virando a chave, hora do deleite. O 3.2 diesel Duratorq tem 200 cavalos de potencia com 47.9 kgfm de torque acoplado em uma transmissão automática de seis velocidades. Potente para puxar seus 2.247 kg com certa folga. A engenharia fez um belo trabalho para não deixar o som do motor adentrar muito na cabine. O cinco cilindros rosna baixo, mesmo que eu as vezes goste de sua sinfonia.

Maciez

A suspensão é um mamão com açúcar. Filtra bem as irregularidades seja buracos nas ruas (algo cada vez mais comum de se encontrar) como nas estradas de terra. E olha que passei em alguns bem feios. Uma leve trepidada sim, mas de jeito algum bateu seco ou me fez sentir direto no banco. E por meio de um botão giratório no console, tem-se a escolha na tração: 4×2, 4×4 para altas, 4×4 com reduzida ou ainda acionar o bloqueio de diferencial traseiro. Ruas, estradas ou off-road, selecione e seja feliz. Ah, e essa versão tem a opção do snorkel para situações de áreas alagadas. Para quem gosta de encarar, é só colocar.

Na minha andança, fiz uns 500 e poucos quilômetros em percurso misto e me agradou a média. Foi em bons 11.7 km/l. Se ela tivesse mais umas duas marchas com certeza daria mais. Contudo, segue o padrão da concorrência por aqui estabelecida. No mais, acredito que essa versão tem um ótimo custoxbeneficio. Uma bela picape por fora com toda sua pompa aventureira, bom pacote de tecnologia e segurança e forte para o que der e vier. Uns pênaltis ela tem como a multimídia que é “antigona” com seus gráficos simples demais, a falta de ajuste de altura do volante. Mas ela cumpre o que promete. As vezes até mais que a concorrência.

Essa versão está atualmente em R$ 308.190. E vira e mexe a Ford faz algumas ações com descontos para a linha Ranger. Claro, daqui a pouco a nova geração chega por aqui. É bem provável que já no segundo semestre ela já esteja entre nós, vinda da Argentina, como é atualmente. Ou você espera, ou corre para um concessionário já. A escolha é sua!